O papel de algodão, também conhecido como rag (pano/trapo), é utilizado para desenho, pintura ou impressão, sendo um dos melhores para impressão fine art. Ele é feito utilizando línters de algodão ou algodão proveniente de tecidos usados. Por isso é um dos papéis com maior custo benefício do mercado e um dos mais duráveis.
Até meados do século XIX, o papel de algodão era o principal produzido, sendo substituído pelo papel de polpa durante o século XIX. Embora o papel de polpa seja mais barato de produzir, sua qualidade e durabilidade são inferiores em alguns casos. Apesar da melhora significativa da qualidade do papel de polpa ao longo do século XX, o papel de algodão continua a ser o mais durável.
Propriedades do Papel Algodão
O papel de fibra de algodão de alta qualidade é conhecido por durar centenas de anos sem deterioração (dependendo das condições de armazenamento) e é frequentemente utilizado para documentos importantes, como cópias para arquivamento de dissertações ou teses, além de documentos legais, que geralmente contêm 25% de algodão. Por isso, existem diferentes graus e variações produzidas, normalmente classificadas como 25%, 50% ou 100% algodão. Para verificar essa classificação, segure o material contra a luz e olhando abaixo da marca d’água para encontrar um número. No entanto, o papel 100% algodão pode conter pequenas quantidades de ácidos e deve ser testado ou certificado antes de ser utilizado em documentos arquivísticos.
Os línters de algodão de segunda corte têm um comprimento médio normal de fibra de 1,45 μm e apresentam propriedades semelhantes a uma polpa de madeira macia curta.
História
O algodão foi utilizado pela primeira vez com uma mistura de seda para criar o “Charta Bombycina”. No século XIX, culturas de fibras como fibras de linho ou algodão proveniente de panos usados (trapos) eram a principal fonte de material para papel. Já a polpa de madeira acabou substituindo o pano a partir de meados do século XIX, apesar de sua qualidade inferior, pois estava mais prontamente disponível do que os panos usados, à medida que a produção global de papel aumentava.
No início do século XX, a maioria do papel era feita de polpa de madeira. Embora a durabilidade do papel de polpa de madeira tenha melhorado ao longo do século XX, o algodão ainda é usado em papéis especiais destinados à preservação a longo prazo. Já que os panos de algodão agora frequentemente contêm fibras sintéticas, os fabricantes de papel têm recorrido aos linters de algodão de segunda corte como fontes de matéria-prima para a produção de polpa para papéis de algodão.
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