Nessa matéria separamos 7 dicas fundamentais para fotógrafos iniciantes.
Esperamos que você possa compreender o universo da fotografia, aperfeiçoar a sua técnica e criar as melhores composições possíveis.
No índice abaixo listamos os elementos centrais de cada tópico.
Índice
Diafragma, obturador e ISO
Balanço de Branco (WB)
Regra dos terços
Histograma
Flash
Melhores momentos para fotografar
Programa de edição
O diafragma é basicamente o diâmetro de abertura da lente das câmeras.
Ele realiza o controle da quantidade de luz que entra no equipamento, funcionando como uma janela (quanto mais aberto, mais luz será captada pelo sensor; quanto menos aberto, menos luz).
A medida do diafragma é conhecida como f/números e é feita através de uma série numérica, com uma sequência padrão: f/1.4, f/2, f/2.8, f/4, f/5.6, f/8, f/11, f/16, f/22 e f/32.
Quanto maior o valor numérico, mais fechado estará o diafragma, o que resulta em uma imagem mais escura. Enquanto maiores aberturas, como o valor f/2.8, capturam imagens mais iluminadas.
Ele também é crucial na hora de definir a profundidade de campo, ou seja, determinar quais partes da imagem ficarão em foco (mais nítidas) ou desfoco (borrados). Quanto maior sua abertura, menor a profundidade.
Manipulando a profundidade, quem está fotografando pode explorar diferentes maneiras para se retratar o mesmo cenário, já que focalizando um objeto e borrando os demais pode gerar a sensação de que existem mais coisas na cena.
O obturador controla o tempo de incidência da luz na câmera, através de um mecanismo de abertura e fechamento (semelhante a uma cortina, assim como o diafragma).
Para a luz ser captada pela máquina fotográfica é necessário que essa “cortina” se abra.
Quanto maior o número da velocidade do obturador, menor será o tempo de exposição e menos luz irá entrar (fechamento rápido da cortina). Permitindo a captura de imagens em velocidade sem borrões.
A velocidade do obturador também pode ser utilizada para outras técnicas, por exemplo, as clássicas fotos de corrida da Fórmula 1, onde é possível ver o “rastro” do carro. Isso acontece porque, ao aumentar o tempo de exposição, fotografamos o objeto em mais de um local, já que ele está em movimento.
Outra técnica muito interessante se chama “Light Paiting”. Ela consiste em diminuir a velocidade do obturador para alguns segundos e deixar a câmera parada em um único lugar (com um tripé) estando em um ambiente escuro.
No tempo em que o sensor da câmera estiver captando a imagem, podemos “pincela” o ar ou algum elemento da cena com rápidas acendidas de lanternas, luzes do celular, isqueiros e afins. O resultado é um desenho que se forma no ar.
ISO é a sensibilidade do sensor à luz. Quanto menor o número, menor é essa sensibilidade.
Um ISO baixo significa que é preciso mais luz para a fotografia ficar clara. Se o ISO é aumentado, a sensibilidade do sensor aumenta e com menos luz é possível captar a imagem desejada.
ISOs baixos, como 100 ou 200, são mais usados em situações mais claras ou quando a câmera está fixada em um tripé.
O problema em aumentar o ISO é o ganho de ruído, aqueles pontinhos granulados presentes na foto. Quando fazemos isso, estamos “aplicando um ganho” na iluminação recebida no sensor, e isso pode prejudicar a qualidade da foto.
2. Saiba selecionar corretamente o Balanço de branco (WB)
O balanço de branco (em inglês ‘White Balance’ ou WB) é um processo de ajuste de cores.
A maioria das fontes de luz (sol, lâmpadas, flash) não emitem a luz branca pura; elas têm uma certa “temperatura de cor”.
Quanto mais alta essa temperatura, mais azulada é a luz; quanto mais baixa, mais amarelada. Isso significa que dependendo da iluminação do ambiente fotografado, a cor da luz impactará na imagem final. Um dia nublado, um por do sol e uma lâmpada artificial, por exemplo, possuem temperaturas de cor muito diferentes.
Na maioria das vezes, nossos olhos e cérebro conseguem interpretar o que é branco independente da fonte de luz que temos contato. Se a luz de um ambiente for mais amarelada, o cérebro busca “corrigir” a cor daquela cena “azulando” o modo como enxergamos o cenário com o intuito de tentar equilibrar as cores e chegar a luz ideal.
Já uma câmera fotográfica apresenta mais dificuldades para fazer isso corretamente.
Ela possui um sensor de temperatura separado que examina qual é a projeção de cor da luz. Se usarmos a configuração AWB (balanço de branco automático), ela fará o ajuste de cores automaticamente, baseado em pontos de referência na cena.
Na maioria das vezes essa opção traz resultados satisfatórios, entretanto, dependendo das condições de iluminação e cores dos objetos que compõem a foto, esse ajuste automático pode estragar a imagem, tornando-a mais azulada ou alaranjada, por exemplo.
Imagine que você está num ambiente com a luz um pouco azulada, mas encontra uma parede com um tom bem mais azulado que a iluminação do lugar. Como a câmera vai captar o padrão de cor da cena, a tendência é que ela amarele a imagem mais do que o ideal, para compensar a quantidade de azul do ambiente.
Por isso que se o ajuste de cores não for feito corretamente, pode-se gerar imagens com tonalidades completamente erradas.
As predefinições que você vai encontrar sobre o balanço de branco são: Auto (AWB), Luz do Dia (daylight), Nublado (cloudy), Flash, Sombra (Shade), Fluorescente e Tungstênio
3. Aplique a regra dos terços
A regra dos terços é uma diretriz de composição centrada na divisão de uma imagem em 9 partes, com duas linhas verticais e duas horizontais.
Os elementos centrais da foto devem estar sobre as linhas ou nos pontos de intersecção entre elas.
A ideia é que uma composição (equilíbrio de cores e tons, planos e foco, mensagem que a fotografia passa, etc.) descentralizada seja mais agradável aos olhos e pareça mais natural do que uma em que o “assunto principal” é colocado bem no meio do quadro.
Também encoraja quem está fotografando a fazer um uso criativo do espaço negativo, as áreas vazias ao redor do assunto.
4. Leia corretamente o histograma
Resumidamente, o histograma é um tipo de gráfico que apresenta a distribuição tonal das imagens que você tira com sua câmera.
Para cada foto salva em seu cartão de memória, há um histograma.
Observando este gráfico você pode confirmar se uma foto está subexposta (escura) ou superexposta (clara).
O brilho do pixel é exibido no eixo horizontal do histograma, variando de preto puro à esquerda a branco puro à direita, com toda a gama de tons médios entre eles. No eixo vertical, o histograma exibe o número de pixels em um determinado nível de brilho, mostrando os picos mais claros e escuros da imagem.
5. Entenda todas as aplicações do Flash
Muitas pessoas acreditam que o flash só pode ser usado em ambientes com baixa luminosidade, mas ele vai muito além disso.
Separamos alguns momentos em que essa ferramenta pode auxiliar a fotografia:
– Na obtenção de exposições mais equilibradas em condições de luz do dia.
– Permitindo o congelamento de objetos em movimento rápido.
– Auxiliando no foco: tanto para isolar o objeto principal do fundo (este escurece com o flash) quanto para igualar o nível de exposição às vezes o fundo está muito mais claro, então é necessário iluminar o que está em foco)
– Preenchendo sombras: uma luz fazendo sombra no nariz de uma pessoa pode ser retirada com o flash fotográfico.
– Criando sombras: ao fotografar lateralmente um objeto, passando uma impressão de profundidade maior.
Sabendo usar o flash corretamente você pode tornar suas fotos muito mais profissionais, dependendo do contexto.
6. Conheça os melhores momentos para fotografar
O melhor momento para tirar uma foto pode variar muito de acordo com o seu objetivo.
Pensando em fotografias ao ar livre, temos algumas considerações.
É muito conhecido um instante chamado “A hora dourada”.
Tratam-se, na verdade, de dois momentos: logo após o sol nascer e antes do por do sol. Nessas horas, há uma emissão de luz mais quente, avermelhada, que combina muito com fotos de retratos. As pessoas ficam “melhores” quando as sombras em seus rostos são suaves e difusas, e as fotos da hora dourada conseguem isso naturalmente, sem equipamentos extras.
Lembre-se que essa condição de iluminação é passageira.
Por outro lado, é possível fotografar ao meio dia, quando o sol está em seu pico. Muitos evitam esse momento, mas, como falado acima, tudo depende do contexto. Fotografias que retratem a cidade e queiram explorar sombras em sua composição podem ser muito bem aproveitadas nesse momento.
Caso você queira dar um toque de relaxamento, tranquilidade e paz para suas fotos, a “hora azul” pode ser uma ótima opção. Ela ocorre antes do sol nascer e após o por do sol. Nesse momento, há um pouco de luminosidade, e as imagens possuem tons mais azulados.
Considerando fotos em ambientes internos, uma dica para focar objetos pode ser fotografá-los contra um fundo neutro (normalmente branco ou cinza).
São muitas opções, muitas variáveis; aqui apresentamos apenas alguns exemplos.
Para cada contexto de foto há um momento ideal, existem fotos que se saem melhor à noite, outras em dias nublados, e assim por diante. A ideia é que você possa experimentar de tudo um pouco e acrescentar em seu portfólio boas composições.
7. Tenha um programa de edição
Fotógrafos profissionais frequentemente editam seus trabalhos.
É importante lembrar o seguinte: a edição não significa necessariamente mudança na imagem; mas sim um aprimoramento. A grande maioria não adiciona nada de novo às suas obras.
Na verdade, as únicas diferenças reais estão na cor e na exposição.
Cada fotógrafo terá sua própria ideia do que torna a “edição perfeita” e começará a criar um estilo único com o tempo. Com cada foto, eles tendem a favorecer certos tons de cor e níveis de contraste que combinam com seus gostos.
Esses estilos de edição são uma das diferenças mais notáveis entre todos os fotógrafos profissionais.
Antes da edição de fotos, era comum você ter que ser mais criativo ou ir mais longe para encontrar uma foto que ninguém mais encontrou (para capturar algo totalmente exclusivo). Esta ainda é uma das melhores maneiras de se destacar como fotógrafo, mas, com as mídias sociais, não é incomum ter alguém copiando totalmente suas ideias.
Felizmente, a maioria das pessoas tende a editar suas fotos de maneira completamente diferente. Portanto, mesmo com exatamente a mesma foto, a edição final da imagem parece completamente única. Com o tempo, esses estilos de edição se tornam sinônimos da marca de um fotógrafo e é a razão pela qual as pessoas os contratam.
Os principais programas de edição que usamos são: Lightroom e Photoshop.
O Lightroom é melhor para organizar e editar um grande número de fotos. Ele permite que você faça ajustes de cor, exposição e remoção de manchas básicas. Para para manipulações mais complexas, recortes e fusões, esse programa não tem as ferramentas necessárias.
O Photoshop é o melhor programa para manipulação e retoques complexos, possuindo uma grande variedade de ajustes de cores exclusivos.
Amei essas dicas, estou começando agora, mas sou apaixonado por fotografia.