A fotografia é um elemento visual extremamente importante numa produção cinematográfica. A partir de 1929, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas criou uma premiação, Oscar de Melhor Fotografia. Isso aumentou o prestígio e nota dessa categoria artística. Não é por acaso que comentou sobre os estudos marcados pela sua ótima fotografia.
Sabendo disso, separamos alguns dos melhores filmes, de variados países e produções, que têm a fotografia como um grande destaque.
A lista de Schindler (1993)
Dirigido por Steven Spielberg, temos uma história que não foi contada desde os trágicos eventos do Holocausto. Oskar Schindler, um membro do partido nazista, um sujeito oportunista, sedutor. No entanto, apesar dos seus defeitos, fez o impossível, a ponto de perder a sua fortuna mas conseguir salvar mais de mil judeus dos campos de concentração, recrutando-os para trabalhar em sua fábrica polonesa.
A direção de arte realizada por Janusz Kaminski. O filme é quase inteiramente em branco e preto, dando a fotografia um caráter mais documental. Venceu o Oscar de melhor fotografia em 1994.
O Paciente Inglês (1996)
Anthony Minghella dirige este filme que se passa no final da Segunda Guerra Mundial. Um homem que teve queimaduras generalizadas quando seu avião foi abatido, ficou conhecido apenas como o “paciente inglês”, ele acaba recebendo os cuidados de uma enfermeira canadense. Gradativamente, ele começa a narrar sua polêmica história de amor, Porém, outros detalhes parecem não vir à sua lembrança, como se ele quisesse que tais fatos continuassem enterrados e esquecidos.
O diretor de arte é o australiano John Seale , que garantiu o Oscar de melhor fotografia em 1997, principalmente pelas belas cenas no deserto, entre o Egito e a Tunísia.
O Fabuloso Destino de Amelie Poulain (2001)
Nessa comédia romântica francesa, dirigida por Jean-Pierre Jeune, temos uma descrição caprichosa da vida parisiense contemporânea, ambientada em Montmartre. O filme conta a história de uma tímida garçonete, Amelie, que decide mudar a vida das pessoas ao seu redor para melhor, enquanto luta com seu próprio isolamento e descobre o amor.
A direção de fotografia é realizada por Bruno DelBonnel , que reforça uma explosão de verdes, amarelos e vermelhos, cores inspiradas no trabalho do artista plástico brasileiro Juarez Machado.
Sangue Negro (2007)
Aqui, Paul Thomas Anderson dirige um excelente filme sobre um homem rico, que usa a sua astúcia e charme para convencer uma pequena cidade da Califórnia a deixa-lo perfurar suas terras para extrair petróleo no início de 1900. Suas táticas de manipulação funcionam em todos, exceto um membro da comunidade, um jovem padre que se revela um oponente surpreendentemente hábil para o protagonista.
A fotografia, dirigida por Robert Christopher Elswit, por ser mais sombria, acaba se referindo ao objeto principal do filme, o petróleo. O diretor foi responsável pela conquista do Oscar nessa categoria em 2008.
O Grande Hotel Budapeste (2014)
O filme brilhantemente dirigido por Wes Anderson relata como aventuras de Gustave H, um lendário concierge em um famoso hotel europeu entre as guerras, e Zero Moustafa, o garoto do lobby que se torna seu amigo mais confiável. A história envolve o roubo e a recuperação de uma inestimável pintura renascentista e a batalha por uma enorme fortuna familiar.
A direção de fotografia foi feita por Robert Yeoman , que concorreu ao Oscar nessa categoria em 2015. Aqui, diferentemente de Sangue Negro, temos um grande uso de diversas cores pastéis, somadas a traços vintage , com cenários sempre muito coloridos.
Roma (2018)
Para finalizar a lista, temos o projeto mais pessoal do diretor Alfonso Cuarón. Roma (nome do distrito em que uma família vive), apresenta o personagem Cleo, que trabalha como doméstica para uma família de classe média na Cidade do México. O filme é baseado fortemente na infância do diretor durante os anos 1970. Na história, vemos uma íntima relação de Cleo com a família. Diversos acontecimentos inesperados começam a afetar a vida de todos os moradores da casa, dando origem a uma série de mudanças, coletivas e pessoais.
Diferentemente dos outros filmes citados, inclusive de A Lista de Schindler, Roma é inteiramente em preto e branco. Além disso, uma fotografia também foi dirigida por Alfonso Cuarón que relata memórias de seu passado nessas cores. Sua produção, em parceria com a Netflix, também conquistou o Oscar na categoria de fotografia em 2019.
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