Depois de uma carreira olímpica como nadadora sincronizado, Francesca Owen entra na água novamente só que desta vez com uma câmera e sem rotinas precisas. Ela usa sua familiaridade com o ambiente para explorar sua criatividade através de incríveis fotografias.
Vida como nadadora sincronizada e fotógrafa subaquática
Começou na natação sincronizada quando tinha oito anos e foi selecionada para a equipe olímpica em 2012. Depois das Olimpíadas, estava fotografando casamentos, mas sentia falta de estar na água -um espaço criativo com o qual estava tão familiarizada.
Decidiu, então, comprar uma câmera de filme subaquático para fazer alguns testes com amigos próximos e ex-companheiras de equipe. A partir daí, sua carreira como fotógrafa cresceu ainda mais.
A água e a fotografia de Francesca Owen
Para ser honesta, foi mais um processo de cura para mim inicialmente.
Depois de voltar das Olimpíadas, senti um desejo não realizado. Eu precisava olhar para a água sob uma outra perspectiva, como um espaço de auto-expressão e criatividade.
Quando olho para trás, parece claro para mim que duas das minhas paixões andaram lado a lado por muitos anos, só não havia feito essa conexão.
Série Ladies in Waiting
Créditos: Francesca Owen | Via Urth Magazine
Processo criativo
Seu processo criativo sempre começa com uma experiência emocional que teve no passado ou que está vivenciando.
Tendo estudado Fotojornalismo, gosta de tentar contar uma história através de suas imagens e evocar emoções.
“Tenho muita sorte de estar cercada de belas musas e amigas com quem costumava nadar. Assim que tenho um conceito em mente, compartilho-o com a modelo e o resto flui naturalmente”, diz Francesca.
No dia da filmagem, a artista permite que a modelo se mova de uma forma que ela interprete minha história – para dar a ela alguma forma de auto-expressão também.
“Eu sinto que é aqui que muita mágica acontece. Com minha experiência em nado sincronizado, isso me dá a capacidade de saber quando bater no obturador e observar a beleza se desenrolar na minha frente”, completa.
Via Urth Magazine
Via Urth Magazine
Significado da série Ladies in Waiting
Esta série extraiu muito de sua experiência pessoal e emoções anteriores à partida para as Olimpíadas de 2012.
Francesca queria dar espaço para as nadadoras expressarem suas próprias emoções por meio do movimento.
O nado sincronizado tem tudo a ver com rotinas precisas, onde todos devem estar na mesma contagem, visando a pontuação perfeita. “Eu queria o oposto, era tudo sobre a beleza da imperfeição e os espaços entre elas. Eu queria que cada membro destacasse a si mesmo e seu talento separadamente”.
Fotografar em terra
“Sempre vou adorar fotografar em terra, mas sinto que falta algo. Para mim, fotografar debaixo d’água me faz sentir livre. É tão único e me considero sortuda por ter crescido neste ambiente”, diz a artista.
Além disso, ela sabe que há muito mais espaço para crescer profissionalmente neste nicho fotográfico.
Inspiração atual
A fotógrafa é constantemente inspirada por artistas que segue no Instagram, como Peter Lindbergh.
Além disso, está tentando encontrar inspiração em coisas menores e na natureza.
Via Urth Magazine
Dicas para artistas emergentes
Ser criativo e seguir sua paixão sempre será um desafio, mas com isso vem uma grande recompensa.
Francesca acredita que a coisa mais importante que aprendeu foi passar a maior parte do tempo olhando para dentro, não para fora. Observar demais o que os outros estão fazendo abre a porta para que a dúvida se infiltre.
“Mantenha-se fiel ao que mantém uma centelha viva em você – afinal, ninguém mais pode fazer você feliz em fazer o seu trabalho – faça por você mesmo e então seu trabalho falará por si”, completa.
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