Resumidamente, a fotografia fine art significa utilizar fotos como meio / ferramenta de expressão criativa.
Dessa forma, a visão de quem captura a imagem desempenha um papel muito importante tanto na elaboração quanto na finalização da obra.
Apesar do caráter fortemente individual deste nicho, inspirar-se no trabalho de outros artistas pode ser um ótimo caminho para aumentar a criatividade, expandir horizontes e refinar o próprio estilo.
Pensando nisso, reunimos 10 ótimos exemplos de fotografia fine art para te inspirar.
10. Paisagem, de Adriano Gambarini
Observe como a obra apresenta uma linda composição e transmite uma incrível sensação de tranquilidade e paz.
Gambarini é fotógrafo permanente da National Geographic Brasil; e notabilizou-se por documentar projetos etnográficos e conservacionistas de maneira sistemática, integrando um vasto conhecimento sobre meio ambiente, ecologia, cultura e comportamento de populações tradicionais.
9. Flowers IV, de Wagner Silveira
“Sempre observo as flores, são suaves para o olhar e me embriagam. São tão pequenas… e para ver leva tempo, como leva tempo viver. São tantas as combinações e possibilidades… A arte é a personalidade dela e eu vivi dentro dela. E o que vi, agora vos faz ver.”
Os trabalhos de Wagner Silveira, compostos por formas geométricas arquitetônicas e “still life”, mostram a sua sensibilidade do olhar, transformando objetos e locais do dia a dia em peças únicas de beleza e estética.
8. Flying to the sea, de André Figueiredo
“As possibilidades fotográficas eram inúmeras durante uma manhã de sol a pino na praia de Jericoacoara no Verão 2015. Windsurf, kitesurf, surf, futebol, pescaria e a beleza da mulher brasileira…Mas o que me fez parar e condicionar o meu olhar foi a brincadeira destes meninos voadores, que silhuetados em contraluz, pareciam notas musicais escapando da pauta, em forma de uma armação metálica fincada no fundo do mar. De tantas melodias compostas pelos meninos naquela tarde, escolho essa: Flying to the Sea”.
7. Meu Carnaval IX, de Bete Marques
Nessa série a artista tenta representar a alegria da mistura de cores gerada pelo movimento dos foliões. Baianas, casais de mestre-sala e porta-bandeira, comissão de frente… A leveza de seus movimentos cuidadosamente ensaiados, aliada às fantasias esvoaçantes e cheias de brilho e texturas conferem desenhos singulares às imagens que, em alguns casos, flertam com as pinturas impressionistas.
É a sua maneira de ver a festa, sua maneira de senti-la, é o seu Carnaval.
6. Playground – Placa I, de Tetê Silva
Essa obra pertence à série “Midnight Playground”.
Nela, ao banir seus ícones, a artista busca novas maneiras de ver um lugar tão comumente associado com a infância, revelando uma nova percepção. Um playground ainda é um playground na ausência de crianças e luz do dia?
5. Lagoa Azul III, de Daniela Dragone
A obra consiste num olhar sobre os ângulos e texturas que a Lagoa Azul nos Lençóis Maranhenses nos proporciona.
A maior motivação da artista é mostrar a beleza de assuntos pouco explorados e, nem sempre, considerados belos.
4. Surfistas, de William Clavijo
Obra tirada em Torres, RS, Brasil.
Através do trabalho artístico, William encontra um ponto de equilíbrio para sua personalidade inquieta, buscando comunicação com seu ser interior.
“Quando fotografo, gosto de contemplar, analisar a composição, procuro encaixar poucos elementos e distribui-los em harmonia dentro do enquadramento. Este processo requer fotografar solitariamente, conectar-me com o cenário, observar o local, ouvir os sons, enxergar a luz, perceber formas e cores. Na edição o processo se completa quando realizo os últimos ajustes, até restar apenas o mínimo, o essencial: imagens cheias de tranquilidade, silêncio e paz.”
3. Convergência, de Alê Rodrigues
“A minha inspiração vem do mar, dos momentos em que estou em contato com a natureza, dos livros que eu leio, dos filmes que vejo, de músicas e dos lugares por onde viajo”.
O objetivo do artista é estimular as pessoas para a conscientização de preservação da paz interior, através da emoção.
2. Gaia I, de Claudia Furlani
Cores ousadas, cenas urbanas, formas abstratas, desempenham um papel importante em seus trabalhos.
Claudia cria visuais poderosos usando tudo, de acrílicos e tintas a fotografia e colagem, mesclando técnicas analógicas e digitais para quebrar as fronteiras entre diferentes formas de arte visual.
Suas ilustrações e personagens parecem encapsular um filme feito para provocar o espectador a descobrir um mundo lúdico.
1. Mulher Linda, de Carol Rahal
“Estou à tona de mim mesma quando descubro que na ausência há espaço para mim. Eu não sofro. Eu uivo um grito selvagem. Às vezes não me escuto de tão longe que estou da minha íntima essência. A solidão me acolhe quando me entrego a ela. E me assusta quando quero entendê-la.”
O ensaio autoral “Solus”, palavra do latim que significa “sozinha(o)”, é a busca por revelar o universo feminino pela ótica onírica. Para isso, foi utilizada a linguagem estética surrealista articulada aos conceitos híbridos da arte da performance e da fotografia, como mecanismos artísticos para interpretar essas outras “realidades”.
Conclusão
Não importa qual gênero de fotografia você se interesse, é sempre uma boa ideia se inspirar no trabalho de outros artistas.
Lembre-se: a fotografia fine art pode ser qualquer coisa; ela vai além do que está realmente na frente da câmera. Sua essência é transmitir um certo sentimento ou uma mensagem por meio dela. A câmera é apenas um meio.
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